quarta-feira, 10 de novembro de 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Se te odeio por um segundo
Me condeno no instante posterior
por ter brotado de mim tal sentimento
de renegar por um momento
todo esse nosso amor.

Marcílio Moraes

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Água Contida

Então sai, deixa correr, toda a água contida.
Toda mágoa velada é água parada e uma hora transborda...

O pranto me liberta e no momento em que eu boto pra fora o que já não me serve,
vai embora.
E assim, eu fico leve!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

não vou falar, quero, mas não devo...
não quero pensar, devo, mas não posso...

sentir? não posso evitar,
sinto!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

?

e o meu abraço, meu beijo de boa noite?
o suor, seu corpo quente...

ainda há tempo pro nosso amor?
quer tentar? será que podemos?

sabe que meu coração é seu,
não acho que alguém consiga rouba-lo.

sinto seu cheiro quando me deito,
na verdade, sinto seu cheiro o todo o tempo.

vale a pena lembrar só dos bons momentos?
só dos ruins não seria justo!

ainda estou aqui, talvez mais triste...
acredite, meu coração ainda é seu!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Oração da Gestalt

Eu sou eu, você é você.
Eu faço minhas coisas e você faz as suas...
Não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas nem você está para viver
de acordo com as minhas.
Eu sou eu, você é você.
Se por acaso nos encontrarmos, será lindo. Se não, não há o que fazer.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Inconstância

Vivia nessa inconstância de fatos, o que não era apropriado. Sua mente já sofrera deveras o bastante, ao menos para toda uma vida, quem sabe na próxima...

Só não precisava de novidades inconvenientes.

Tudo lhe vinha em maior escala, sentia demais, amava demais, queixava-se demais. Tentava apenas encontrar o que faltava, não sabia. Talvez ate soubesse, só não tinha coragem o suficiente para admitir o que estava implícito...

O que sobrava eram sentimentos, futilidades, mas de uma forma estranha, quase irônica, não lhe faltava felicidade, isso não. Poderia ate mesmo sofrer por saber que ela não duraria a vida toda, mas se durasse, seria bem-vinda.

Viver lhe foi imposto, mas não era obrigado a gostar de viver. Aprender a aceitar poderia ajudar, mas talvez não quisesse, não permitia a si mesmo fazer o que era bom e culpava a todos por isso, nunca a si mesmo.

De forma ignorante lamentava, era feliz, mas não era o que precisava, não achava que fosse. E somente no fim entendeu...

O viver é essa inconstância, uma depressão sorridente.

Ronaldo Rodrigues Junior

Certa vez o discípulo encontrou seu mestre:


- O que trago aqui? - perguntou o mestre, mostrando a mão fechada.

- Como posso saber?

- Pois vou lhe dar uma pista: tem forma, cheiro e aparência de ovo. Seu conteúdo é branco e amarelo, é líquido, mas se o cozinhamos fica duro.

- Um bolo! - gritou, entusiasmado, o discípulo.


O mestre abriu a mão: era um ovo.


- A verdade é simples. Mas aquele que sempre quer bancar o mais inteligente, nunca enxerga.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nostalgia

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13 de maio de 2009

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Ando me sentindo meio inexpressivo, não em um sentido singular mas na totalidade da palavra, insignificante. Creio que vem da necessidade de agradar, necessidade de aprovação, não do mundo mas das pessoas com as quais tenho obrigação de me importar, ou deveria. E tenho, isso é fato, mas não me sinto completamente a vontade com essa obrigação.

Sinto que esqueço de mim, perco pedaços, caindo aos poucos, deixando rastros desconexos de idéias e sonhos.

Sonho, como essa palavra faz bem, me tranquiliza, por mais que admita, nem todos poderei realizar, mas sei que posso sonha-los e ir longe, tão quanto puder suportar...

O que seria de nós senão crer, sendo que viver é tão cruel, dói. Assim volto a minha inexpressividade, que pode também ser consequência do que somos obrigados a suportar. Não que eu seja perfeito, que não erre, erro sim e muito, mas evito magoar pessoas, ferir sentimentos. Sei que é apenas um momento ruim, que amanhã posso acordar e gritar de felicidade, ou mesmo aceitar essa condição e continuar, são possibilidades...

Tudo que preciso são respostas claras, não quero pagar pra ver o que acontece.


Pelo medo de magoar, magoarei apenas a mim, é assim que vai ser, ao menos por enquanto (...)

Ronaldo Rodrigues Junior

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Entre a dor e o nada, o que você escolhe?

Pra onde vou?

Há dias em que paro, simplesmente fico MUDO.

Os sentimentos entram em erupção e os ressentimentos dominam o que antes era bom.

Não posso me expressar, esta forma domina e me torna um ser que apenas vaga no eterno vazio do mundo que me cerca.

Vejo o que não devo, sinto o que não gosto, me torno ausente.

A culpa ? Tento coloca la em todos que me suportam, nos que me apóiam, mas o verdadeiro responsável sou EU, os créditos tem de ser dados apenas a mim e desta forma sigo...

Logo acordo deste ''mal momento'' e tudo parece ser mais fácil.

Podem dizer que é loucura, idiotice, e dai ? Não me importo, sou assim, apenas aceito.

Ronaldo Rodrigues Junior


já diz a música :

''Essa solidão cheia de gente, incomoda demais.''

domingo, 1 de agosto de 2010

Dos Espinhos

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupo; assim, se agasalhavam e protegiam mutuamente.
Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam mais calor. E, por isto, tornaram a se afastar uns dos outros.
Voltaram a morrer congelados. E precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da face da Terra, ou aceitavam os espinhos do semelhante.

Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor um do outro.

E terminaram sobrevivendo...