Vivia nessa inconstância de fatos, o que não era apropriado. Sua mente já sofrera deveras o bastante, ao menos para toda uma vida, quem sabe na próxima...
Só não precisava de novidades inconvenientes.
Tudo lhe vinha em maior escala, sentia demais, amava demais, queixava-se demais. Tentava apenas encontrar o que faltava, não sabia. Talvez ate soubesse, só não tinha coragem o suficiente para admitir o que estava implícito...
O que sobrava eram sentimentos, futilidades, mas de uma forma estranha, quase irônica, não lhe faltava felicidade, isso não. Poderia ate mesmo sofrer por saber que ela não duraria a vida toda, mas se durasse, seria bem-vinda.
Viver lhe foi imposto, mas não era obrigado a gostar de viver. Aprender a aceitar poderia ajudar, mas talvez não quisesse, não permitia a si mesmo fazer o que era bom e culpava a todos por isso, nunca a si mesmo.
De forma ignorante lamentava, era feliz, mas não era o que precisava, não achava que fosse. E somente no fim entendeu...
O viver é essa inconstância, uma depressão sorridente.
Ronaldo Rodrigues Junior
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